Câncer de pulmão: conheça os principais sintomas e tratamentos da doença

O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil e o primeiro no mundo desde 1985, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), que estima 31.270 novos casos em 2018. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (2017) indicam 27.931 mortes pela doença, que tem relação muito forte com tabagismo, além de exposições ambientais e ocupacionais a substâncias cancerígenas.

A apresentadora Ana Maria Braga, de 70 anos, revelou nesta segunda-feira, 27, que foi diagnosticada novamente com câncer de pulmão. Ela afirmou que já teve dois pequenos tumores no mesmo órgão e que, desta vez, trata-se de um caso mais agressivo, sem possibilidade de fazer cirurgia ou radioterapia.

O pneumologista Gustavo Prado, coordenador da Comissão Científica de Câncer de Pulmão da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), explica que o tabagismo é responsável por cerca de 75% a 85% de todos os casos de câncer de pulmão. Os processos de queima da cana-de-açúcar, extração de minérios e instalação de telhas de amianto, por exemplo, também oferecem riscos de inalação de partículas cancerígenas.

Além do tabagismo, a doença pode ocorrer devido a infecções pulmonares de repetição, deficiência ou excesso de vitamina A, enfisema pulmonar e bronquite crônica. O Inca informa que a mortalidade por câncer de pulmão entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram. Entre ex-fumantes, a probabilidade é cerca de quatro vezes maior.

Fatores genéticos e histórico familiar influenciam no risco de desenvolvimento do tumor e a idade também é levada em consideração: a maior parte dos casos ocorre em pessoas entre 50 e 70 anos. Quem se expõe a substâncias químicas ou físicas — como asbesto, sílica, urânio e água potável contendo arsênico — também tem risco aumentado.

Os principais sintomas da doença envolvem o próprio aparelho respiratório e pode haver tosse, falta de ar e dor no peito. De acordo com o Inca, os sinais não ocorrem até que o tumor esteja avançado, mas, em estágio inicial, as pessoas podem apresentar escarro com sangue, rouquidão, pneumonia recorrente ou bronquite.

Outros indícios são perda de peso, de apetite e fraqueza. Em cerca de 15% dos casos, o tumor é diagnosticado por acaso, quando a pessoa realiza exames por outros motivos. Nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns.

Diagnóstico do câncer de pulmão

A partir dos sintomas indicativos da doença, o diagnóstico pode ser feito por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos. O Inca afirma que não há evidência científica de que o rastreamento do tumor (exames periódicos sem sintomas) na população geral traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, não é recomendado.

A ideia de rastreio é controversa porque, de um lado, identificar tumores na fase inicial permitiria que eles fossem tratados antes que se propaguem. De outro, há a questão do falso positivo, que é quando o exame dá positivo para câncer, mas na verdade a pessoa não está doente. Mesmo quando o exame está correto, o tumor diagnosticado poderia não afetar a vida do paciente.

Uma equipe multidisciplinar, composta por oncologista, pneumologista, radioterapeuta, enfermeiro e nutricionista, por exemplo, vai garantir que o tratamento ocorra da melhor forma possível. Existem diversas modalidades para tratar o câncer, que inclui cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia-alvo.

Ana Maria Braga explicou que o primeiro tumor que teve no pulmão foi tratado com cirurgia e o segundo, com radiocirurgia. Esse último método não invasivo é eficaz em casos recomendados e tem 89% de pacientes curados. Desta vez, a apresentadora está fazendo sessões que combinam quimioterapia (mais moderna que não fará cair o cabelo) e imunoterapia, que atua no sistema imunológico a fim de fortalecê-lo para combater a doença.

Gustavo Prado, da SBPT, afirma que é importante adotar uma alimentação saudável, manter o peso adequado e praticar atividades física regularmente. A recomendação é válida para essa e outros tipos de doenças. A alimentação deve incluir produtos de origem vegetal, não os processados e ultraprocessados produzidos a partir de proteínas animais.

O médico destaca que o diagnóstico não deve desencorajar uma modificação de hábitos de vida pela crença de que não haveria benefícios após a percepção de um “dano instalado”. “Parar de fumar, cuidar da alimentação e do sono, praticar atividades físicas são algumas das medidas que não apenas reduzem os riscos de complicações dos tratamentos como também previnem o desenvolvimento ou progressão de outras doenças”, afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Jornal de Brasília

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