Que outubro é internacionalmente conhecido como o mês de luta contra o câncer de mama, todo mundo sabe. O que muita gente não sabe é que este é o tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Por isso mesmo, sua importância vai muito além de mobilizações do “Outubro Rosa”. Para se ter ideia, só para o ano de 2015, a previsão é de 50 mil novos casos da doença e 10 mil mortes.

O médico oncologista Arito Silva, futuro membro do corpo clínico do Instituto do Câncer em Curvelo, fala sobre a importância dos cuidados durante todos os meses do ano. De acordo com ele, o diagnóstico precoce é a principal arma contra a doença.

“Algo importante que percebemos ano a ano é que as pessoas, cada vez mais, se convencem que a prevenção e o diagnóstico rápido dependem de esforços individuais, em grande parte. O autoexame das mamas é fundamental. Sem esquecer do acompanhamento regular com o profissional ginecologista e mastologista”, alerta o médico.

O especialista lembra que a detecção do câncer de mama é feita pela mamografia, exame de radiografia da mama. O procedimento é capaz de diagnosticar até mesmo lesões em fase inicial, fator essencial para o sucesso do tratamento, já que as chances de cura podem chegar a até 95%.”A mamografia é capaz de detectar tumores bem pequenos, de milímetros, logo no início da doença. Ela deve ser realizada anualmente, por mulheres com idades de 40 a 70 anos”, explica.

Autoexame das mamas

Ainda segundo o oncologista, o exame das mamas deve serrealizado pela própria mulher. “Nada mais é que o toque dos seios, preferencialmente após o período menstrual”, conta.

Embora não substitua o exame realizado por um médico, é importante que as mulheres conheçam o próprio corpo. Assim, alguma alteração pode ser mais facilmente percebida. Saiba mais sobre o auto exame

O câncer de mama

O oncologista Arito Silva esclarece que muitos fatores contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama. Fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar, consumo de álcool, excesso de peso, sedentarismo, exposição à radiação ionizante e a alta densidade do tecido mamário são alguns deles. “Outro ponto importante a ser destacado é o que diz respeito a idade, um dos fatores mais relevantes. Cerca de quatro em cada cinco casos da doença ocorrem após os 50 anos”, informa o médico.

Além do mês de outubro

Ainda segundo o médico, as ações de prevenção devem extrapolar o mês de outubro. “O cuidado deve ser o ano todo, as mulheres precisam compreender que o corpo é o que possibilita todas as ações da vida. Ninguém conhece o corpo melhor do que o dono dele. Ao notar qualquer alteração das mamas, a pessoa deve procurar atendimento médico”, sinaliza Arilto.