Após ver o filho Carlos perder a luta contra o cancêr durante tratamento no Hospital Santa Marcelina, em São Paulo, o professor Agenilson Silva e amigos querem ajudar outras 38 crianças diagnosticadas com a doença e que estão em tratamento na unidade de saúde. A ajuda vai chegar com o dinheiro arrecadado em um bingo que vai acontecer no dia 7 de junho, em Macapá. Carlos Daniel, de 7 anos, faleceu em abril, após uma parada cardíaca. O caso ganhou repercussão no Amapá quando o pai iniciou uma campanha nas redes sociais.
Inicialmente, o bingo ajudaria nos custos do tratamento de Carlos Daniel, com a morte do menino, a família resolveu manter o evento, dessa vez, para ajudar outras crianças amapaenses que estão em tratamento no hospital filantrópico, em São Paulo.
“Os prêmios foram doados para ajudar o Daniel e estava tudo organizado. Para evitar que o sofrimento também chegue a outras famílias que precisam do TFD [Tratamento Fora de Domicílio] decidimos arrecadar recursos para ajudar essas 38 crianças amapaenses que estão em tratamento de câncer no hospital”, explicou Agenilson da Silva.
Segundo o professor, as famílias continuam sem receber a ajuda de custo do programa TFD, mantido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e enfrentam dificuldades para permanecer na capital paulista. A ajuda será com roupas e cestas básicas que serão compradas com o dinheiro do evento.
“Esse bingo é uma oportunidade para os amigos do Daniel que estão em tratamento em São Paulo. Essa também será uma forma de homenagear ele e toda a luta pela vida”, disse Agenilson Silva.
Luta contra o câncer
Além de organizar um bingo beneficente, Agenilson quer criar uma Organização Não Governamental (ONG), a Fundação Carlos Daniel.
“A ONG vai dar suporte com advogados e psicólogos para as famílias de pacientes que estão em tratamento fora do estado, porque tem muitas pessoas que buscam procedimentos médicos, mas não têm conhecimento sobre os direitos”, comentou o pai, que conseguiu o auxílio do TFD após processo judicial.
Diagnosticado com Leucemia Linfoide Aguda (LLA) em agosto de 2014, a criança respondeu bem aos procedimentos médicos durante boa parte do período em que permaneceu internado em São Paulo. No início de abril, ele passou a ter convulsões que resultaram no estado de coma induzido na UTI.
Em março, o professor chegou a raspar o cabelo junto com o filho em apoio ao tratamento feito com sessões de quimioterapia. À época, Agenilson garantiu que só deixaria o cabelo crescer após a cura de Carlos.
Fonte G1
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