O Sol, o câncer de pele e como se proteger

Nas últimas décadas, a incidência de câncer de pele aumentou significativamente. A pele é o órgão mais atingido pelos efeitos deletérios da radiação ultravioleta (RUV) sendo bem documentada a associação entre exposição solar e neoplasias cutâneas.

 A luz solar é composta pela RUV A, B e C, luz visível e infravermelho. Ao atingir a pele desprotegida, com ação acumulativa, a RUV A e B provoca uma série de reações na pele causando envelhecimento precoce, lesões pré cancerosas e câncer de pele. A RUV B é a principal radiação responsável pelo dano à pele, tanto agudo quanto crônico. A reação aguda é caracterizada por vermelhidão, inchaço, escurecimento e espessamento da pele. Após 72hs surge o bronzeado. O melanoma é um tipo grave de câncer de pele que está relacionado à exposição solar intensa, aguda e intermitente. Mais do que cinco queimaduras solares duplica o risco de uma pessoa desenvolver melanoma. Com a exposição solar persistente a pele sofre alterações que favorecem o surgimento acelerado de rugas, aspereza, ressecamento, vasos, manchas, imunossupressão e lesões que podem ser benignas, pré malignas ou malignas (carcinoma espinocelular).

Luz Solar

A RUV pode provocar ou agravar algumas doenças de pele, além de causar certos tipos de alergia. A radiação também atinge os olhos podendo causar problemas oculares como a catarata. A radiação infravermelha transmite energia na forma de calor.  Esta e a luz visível podem induzir a pigmentação da pele (manchas).  A luz fria (fluorescente) não tem efeitos fotobiológicos, não é carcinogênica, nem causa fotoenvelhecimento. A luz dicróica pode ser carcinogênica se estiver a uma distância inferior a 50cm e incidir diretamente na pele.

Apesar disto, é sabido que a RUV também apresenta efeitos benéficos para a saúde estimulando a produção de vitamina D envolvida no metabolismo ósseo e no funcionamento do sistema imunológico. A RUV é utilizada no tratamento de algumas doenças de pele como a psoríase, o vitiligo, algumas doenças inflamatórias e até mesmo no linfoma cutâneo.

Protetores solares, vestimentas, acessórios adequados e exposição segura ao sol são ferramentas essenciais da fotoproteção.

Cancer de Pele

A primeira linha de defesa contra estes efeitos nocivos é a utilização dos fotoprotetores. O uso adequado e regular reduz o risco de lesões pré cancerosas, câncer de pele (carcinoma de células escamosas e melanoma), surgimento de novas pintas em crianças e o envelhecimento precoce da pele.  Os protetores contêm moléculas que podem absorver, refletir ou dispersar a RUV. Eles podem ser compostos por filtros inorgânicos (físicos) e orgânicos (químicos). Os filtros inorgânicos são capazes de refletir e dispersar a RUV por meio de uma barreira opaca. Os filtros orgânicos são moléculas capazes de absorver RUV e transformá-la em radiação inócua a pele. O fator de proteção solar (FPS) determina a eficácia contra os raios UVB.  O protetor com FPS 15 filtra 94% de UVB, FPS 30 filtra 97% e FPS 50 filtra 98%. O grau de proteção solar de um protetor contra  raios UVA pode ser classificada em baixa, média, alta e muito alta. Fatores que influenciam a eficácia dos protetores são fricção, transpiração, imersão em água e exposições solares repetidas.

Diversos fatores ambientais influenciam a intensidade com que a RUV atinge a superfície terrestre: camada de ozônio (absorve 100% da radiação UVC, 90% da UVB e praticamente 0% da UVA), condições atmosféricas, presença de nuvens, latitude e altitude, horário do dia, poluentes ambientais e estação do ano, por exemplo. A partir da década de 70 começou a ocorrer uma redução anual da camada de ozônio provocando aumento na quantidade de RUV que atinge a Terra. Recentemente, tem sido observada uma estabilização devido às medidas adotadas por alguns países visando reduzir a emissão de substâncias capazes de danificar esta camada. A água não reflete a RUV permitindo a sua penetração. Já a neve, a areia e o vidro refletem a RUV.

Medidas comportamentais simples como evitar exposição solar no horário de 10 às 16h são de extrema importância. Vidros escuros e com plástico (Insufilm), vestimentas, óculos e chapéus são muito eficazes para defesa contra os efeitos nocivos da RUV, principalmente UVB. Tecidos escuros com fibras mais rígidas, firmes e espessas protegem melhor. Alguns tecidos possuem inclusive moléculas especiais entre suas fibras (dióxido de titânio) permitindo uma proteção para RUV ainda maior.

 Exposicao solar

Recomendações gerais de fotoproteção:

 –         Evitar exposição solar entre 10 e 16h.

–         Uso de chapéu, roupas adequadas, óculos escuros.

–         Usar protetor solar desde a infância.

–         Cuidado antes dos 6 meses de idade. Não se conhecem os efeitos da absorção dos protetores nesta faixa etária.

–         Usar protetor solar com FPS 30.

–         Aplicar uma quantidade de 2mg/cm2. A grande maioria da população usa uma quantidade inadequada de filtro solar e o fator de proteção abaixa. Um adulto mediano necessita de 35ml de protetor para cobrir o corpo todo.

–         Aplicar o protetor de maneira uniforme, reaplicando a cada 2 horas e após o uso de toalhas, natação ou transpiração.

 

Estudos comprovam que o uso prolongado de protetores solares tem pouco ou nenhum efeito nos níveis de vitamina D. Dez minutos de exposição solar, duas vezes na semana, numa área como a da face, são suficientes para a síntese da vitamina D. Indivíduos com deficiência desta vitamina devem repor os níveis com suplementos e não com exposição solar intensa.

A exposição solar consciente com adequada proteção  (fotoprotetores de amplo espectro e proteção física) são fatores indispensáveis para saúde e bem estar e causam grande impacto na prevenção do câncer de pele.

 

Fonte: Cancerinfo

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