A luta contra o câncer é diária. Nas últimas décadas, a doença ganhou maior dimensão por ser a segunda maior causa de mortes no planeta. De acordo com cálculos da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano, o câncer provoca cerca de 8 milhões de mortes no mundo, e mais de 12 milhões de pessoas recebem um diagnóstico de algum tipo de câncer. Estima-se que um terço dessas mortes poderia ter sido evitada com mais prevenção, detecção precoce e acesso a tratamentos.
O Dia Nacional de Combate ao Câncer, 08 de abril, marca a importância da discussão sobre a doença. O objetivo é chamar a atenção das nações, organizações e líderes governamentais para que estimulem a mobilização popular na luta contra o câncer, dando forças aos pacientes e familiares acometidos por ela, levando, para a população, um conhecimento sobre o tratamento e, principalmente, sobre a prevenção de diversos tipos de câncer.
A PREVENÇÃO AINDA É O MELHOR CAMINHO PARA SE EVITAR A DOENÇA
A boa notícia é que cerca de 20% dos cânceres são potencialmente evitáveis, segundo a Sociedade Americana de Oncologia Clínica.
As causas para o surgimento do câncer são bastante variadas. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) afirma que cerca de 80% a 90% de todos os casos, estão associados a fatores externos como o ambiente, costume ou hábitos, sendo alguns deles bem conhecidos, como tabagismo, alcoolismo, exposição excessiva ao sol, hábitos alimentares, hábitos sexuais, medicamentos e fatores ocupacionais. Já o fator internorefere-se às características genéticase predisposições do organismo.
Entretanto, apesar do risco de se desenvolver câncer possa ser muitas vezes diminuído, nem todos os tumores podem ser prevenidos. De forma geral, o câncer é consequência da interação entre fatores genéticos e fatores externos.Os tipos mais incidentes são: o de pele, do tipo não melanoma – cerca de 180 mil; próstata – 69 mil diagnósticos previstos; cólon e reto – 33 mil; pulmão – 27 mil; mama 57 mil e estômago – 20 mil
Segundo pesquisa da OMS, nas próximas décadas, serão diagnosticados 22 milhões de novos casos de câncer.Para o Instituto Nacional do Câncer – INCA, no Brasil os dados são ainda mais alarmantes. A previsão diz que serão diagnosticados 576.580 novos casos, um aumento de 11% em relação ao ano passado.De acordo com o relatório, o aumento é um reflexo do envelhecimento da população e afeta principalmente países em desenvolvimento. Mais de 60% dos casos ocorrem na África, Ásia, América do Sul e América Central.
Existem três tipos de prevenção: a primaria, a secundária e a terciária.
O nível de prevenção primordial é o esforço para não se expor a um fator de risco. A prevenção primária acontece quando é promovida a retirada de fatores de risco. São medidas simples, dietéticas e comportamentais, que valem ser estimuladas. Programas para parar de fumar e beber, combate ao sedentarismo e reeducação alimentar são exemplos praticáveis para a prevenção de câncer.
A prevenção secundária é a que se dá quando um processo de adoecimento já está em andamento, porém, existe a possibilidade de se interromper precocemente, partindo da premissa de que, quanto antes for feito o diagnóstico do câncer, maiores são as chances de cura do paciente. É o caso da retirada da glândula mamária em casos de câncer de mama precoce. Outros riscos de câncer também podem ser reduzidos com o uso de medicamentos preventivos.
Já a prevenção terciária ocorre quando a doença já aconteceu, já foi diagnosticada através de seus sinais e sintomas, foi tratada e agora o que se quer é diminuir os danos causado por ela. Por exemplo, tratamentos fonoaudiológicos para pessoas que foram tratadas para câncer de garganta para recuperar a fala e a deglutição.