De frente com o Câncer

Cristiana Rodrigues

Cristiana Rodrigues, aos seus 40 anos enfrenta um câncer de mama.

Mãe de uma menina de 6 anos, ela vem se desafiando a levar essa doença de uma forma mais leve, apesar de toda angustia e medo que pode trazer junto com o diagnóstico.

– Como tem encarado o câncer?

Tenho encarado o câncer da forma mais consciente e natural possível.

Quando o médico Dr. José de Barros, ao avaliar meu ultrassom de mama, solicitou uma biopsia e a mamografia, naquele momento me preparei para uma notícia ruim. O encaminhamento para o Instituto do Câncer foi muito estranho.

No dia em que recebi o diagnóstico do câncer de mama eu estava sozinha, no momento fiquei tranquila, não chorei, não me desesperei; só perguntei ao médico como seria dali para frente. Sei do avanço da medicina nesta área e que o câncer de mama diagnosticado no início tem vários tratamentos e as chances de cura são grandes.

A minha confiança em Deus que me fortalece e me ajuda a vencer esta batalha e também nos médicos capacitados por esse mesmo Deus para cuidar de mim.

– Quais sentimentos vem à tona nesse momento que está vivendo?

Revolta ou tristeza nunca passou pelo meu coração de questionar porque comigo. Todos nós estamos vivendo neste mundo e estamos sujeitos as mesmas provações. A minha pergunta para Deus é : _ Para quê? Como eu posso crescer mais com tudo isso? Como eu posso ser melhor depois deste processo? Como eu posso ajudar outras mulheres a passar por esse momento difícil com mais leveza e confiança? Tenho muita fé em Jesus e na obra que Ele realizou na cruz, a Palavra de Deus e a oração tem me sustentado, mas sou ser humano e conheço as minhas limitações, por isso busquei ajuda de uma psicanalista e estou fazendo terapia e também faço acompanhamento com a psicóloga do IC. Estar com o emocional equilibrado ajuda muito no tratamento. E dessa forma tudo tem sido mais leve e eu tenho aprendido muito e creio que ao final serei uma mulher mais confiante e forte.

– O que foi mais difícil de enfrentar desde quando recebeu o diagnóstico?

Medo dos efeitos colaterais da quimioterapia. Mas graças a Deus eu não tive efeitos muito fortes. Só as aftas após a primeira quimioterapia que me fizeram sofrer muito, mas encontramos uma medicação que resolveu o problema.

– Como sua família tem lidado com essa situação?

No início todos ficaram visivelmente tristes e abatidos, muito preocupados e com medo. Mas com o passar dos dias vendo que eu estava tranquila e confiante de que tudo daria certo, eles também se tranquilizaram. Todos falam que ao invés deles me darem força, sou eu que dou força para eles. Mas eles também me dão muita força, me apoiam, me acompanham em tudo. Tenho uma filha de 6 anos de idade que é uma das maiores razões pelas quais eu luto para me manter focada na cura e a manter dentro do possível a minha rotina.

Abrir chat
1
Olá,
Podemos ajudar?