Por preconceito, Afonso Gurgel, aos 48 anos, ainda não havia realizado nenhuma consulta preventiva com urologista. Após muita insistência de seu pai, resolveu procurar um médico. Hoje, 11 anos depois, curado do câncer,relembra os difíceis momentos durante o tratamento e se diz extremamente grato ao seu pai.

O toque retal

Gurgel conta que em sua primeira consulta com o urologista, quando realizou o toque retal, já foi possível detectar algumas alterações na próstata. “O médico disse que minha próstata tinha consistência diferenciada e me prescreveu uma carga de antibiótico e um exame de PSA“, conta. O resultado do PSA, que é uma proteína específica da próstata, encontrada por meio de exame de sangue,apontou que os níveis estavam acima do normal. Gurgel realizou uma biopsia, com resultado do exame foi diagnóstico o câncer de próstata.

O especialista que acompanhou Afonso Gurgel recomendou que fosse realizada uma cirurgia emergencial. “Fui ao médico em um terça-feira e ele solicitou a cirurgia na quinta-feira seguinte”, conta. Seguindo as recomendações médicas, Gurgel realizou a prostatectomia, que é a retirada da próstata. “A cirurgia foi no Hospital Luxemburgo em BH, durou cerca de 6 horas”, recorda.

Família presente do diagnóstico ao tratamento

Afonso conta o quanto foi importante a presença da família para auxiliar em sua recuperação. “Minha esposa e meus filhos foram muito importantes nessa história”, conta emocionado. Além disso, ele lembra a persistência de seu pai para que ele realizasse o toque retal, já que o diagnóstico precoce se deu graças aos exames preventivos, o que aumentou muitos as chances de cura da doença.Hoje, curado do câncer, ele incentiva os amigos a realizarem os exames. “Ás vezes, nem lembro que tive câncer. Passei “batido” pela doença. Me considero um homem afortunado”, comemora.